sábado, 27 de novembro de 2010

Jesus Christ - Superstar (1970)

Embora tenha perdido muito da graça com o tempo, Jesus Christ - Superstar, a ópera rock dos compositores Andrew Lloyd Webber e Tim Rice que virou um musical de grande sucesso na Broadway, certamente merece uma postagem. Se você ainda não conhece, não se faça de rogado.

Nascido na Inglaterra e filho de um compositor e de uma professora de piano, Andrew Lloyd Webber é considerado um dos maiores compositores do último século. Entre os musicais produzidos por ele estão Evita (1976) e Cats (1981).

A ópera abrange o período entre a entrada de Cristo em Jerusalém e o Gólgota. Ian Gillan, vocalista do Deep Purple, interpreta Jesus Cristo, enquanto a excelente cantora Yvonne Elliman personifica Maria Madalena. Elliman fez o mesmo papel na versão do cinema, lançada em 1973, porém nesta Jesus foi interpretado pelo ator Ted Neeley, que aparentemente só fez esse filme na vida e nunca mais.

J.C. Superstar ganhou uma versão brasileira que, inclusive, teria sido traduzida por Vinícius de Moraes. Disponibilizo o link dessa versão (bem interessante por sinal), mas não tenho como confirmar se a tradução é mesmo do poetinha.

P.S. Os links das partes 1 e 2 são de um site russo, mas não tem erro, é só repetir a numeração que aparece e clicar no verde logo abaixo que o arquivo vem. Pode baixar na fé (sem trocadilhos).

DOWNLOAD Parte 1

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DOWNLOAD Versão brasileira

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ravi Shankar & Philip Glass - Passages

Nascido em Varanasi, na Índia, no ano de 1920, Ravi Shankar começou cedo na vida artística, aos dez anos já era bailarino no grupo de dança de seu irmão. Foi com esse grupo que Shankar foi para Paris e daí em excursão por vários países da Europa e América. A essa altura Shankar já tocava vários instrumentos e, de volta à Índia, especializou em música clássica indiana. Sua ligação com o Beatle George Harrison veio bem mais tarde, no final dos anos 60. Shankar tocou no famoso Concert for Blangadesh (1971) e no póstumo Concert for George (2003).

Considerado um dos compositores mais influentes do século que passou, Philip Glass nasceu em Baltimore (USA), em 1937. Seu contato com a música veio desde muito cedo, escutando os discos da loja de seu pai. Glass é autor de várias trilhas sonoras, por ex. Koyaanisqatsi (1982); Mishima (1985) e, mais recentemente, a do filme brazuca Nosso Lar.

Neste Passages (1990) vemos o resultado exuberante da parceria de dois músicos consagrados. A mistura da sonoridade “arcaica” (no melhor sentido do termo) da cítara de Shankar com o urbano-tecnológico-minimalista Glass resultou num disco que me fascinou desde a primeira audição.

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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Blur - Leisure

Hoje num clima bem é Pop sim, mas eu gosto, e daí? O Blur vocês certamente já conhecem, falei bastante deles nas postagens do Gorillaz. Com essa simpática nadadora de touquinha florida na capa, Leisure (1991) é o meu disco preferido da banda londrina, embora muitos prefiram Parklife (1994).

Leisure contém duas músicas do Blur que eu particularmente adoro: There´s No Other Way e She´s So High.

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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

The White Stripes - Elephant

Já faz algum tempo que eu queria falar do White Stripes, gosto muito dessa dupla formada por (ex) marido e mulher. Você pensava que fossem irmãos, né? Pois eu também, inclusive eles se tratavam como irmãos, mas a verdade é que eles foram casados entre 1996 e 2000 e só agora um jornalista descobriu a brincadeira.

Formado em Detroit no ano de 1997 por Jack White (voz e guitarra) e Meg White (bateria e vocal), o White Stripes é um dos expoentes do chamado garage rock. Seu primeiro álbum The White Stripes (1999), teve repercussão moderada. O segundo De Stijl (2000) foi baseado em um movimento de arte holandês que influenciou bastante a banda (lembra dos triângulos no clipe de Seven Nation Army? É De Stijl. O disco alcançou o 38º lugar da lista de independentes da Billboard e a banda começou a se firmar no cenário do rock. Depois vieram o comercialmente bem sucedido White Blood Cells (2001); Elephant (2003); Get Behind Me Satan (2005) e Icky Thump (2007).

Escolhi Elephant para esta postagem porque é o disco dos Stripes que conheço melhor, e sei que é muito bom, além da já citada Seven Nation Army, vale a pena conferir também as faixas The Air Near My Fingers, Black Math, I Just Know What to Do With Myself e It´s True That We Love One Another (adoro o diálogo entre Jack e Meg no final da música). Pode baixar na fé.

P.S. O White Stripes aparece no ótimo filme de Jim Jarmusch Coffe and Cigarettes. Num dos 11 curtas de que o filme é formado, Jack mostra à Meg sua bobina de Tesla (veja o vídeo).

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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Quando gigantes caminhavam sobre a terra

Há muito tempo atrás, quando gigantes ainda caminhavam pela terra, havia um dinossauro moribundo, porém que ainda impressionava pela imponência e grandiosidade. Eu era menino na época, mas ainda me lembro de ter ouvido os rumores e de ter visto as pegadas recentes do colosso que se extinguia. O ano era 1979 e o gigante em questão era o Led Zeppelin, que na época lançava seu penúltimo álbum In Through the Out Door.

In Through the Out Door não consta entre os melhores discos do Led, mas foi cercado de toda a pompa dedicada a tudo que dizia respeito à banda de Jimmy Page e Robert Plant, que em pouco mais de dez anos havia alcançado o status de melhor conjunto de rock do mundo, desbancando nada mais nada menos do que os Rolling Stones.

Mas o jogo logo iria virar, o movimento punk com seu viés social já estava consolidado, pregando contra tudo que representasse o establishment, incluindo-se aí, megabandas de rock. Os tempos eram outros e ser uma banda meio mística com avião particular e tudo estava totalmente out, não havia mais espaço para o Led, condenado, tal qual um dinossauro obeso, pelo seu próprio gigantismo.

Em 1980 a banda perderia o baterista John Bonham, morto aparentemente por overdose, era o golpe de misericórdia na banda, que anunciou ser impossível prosseguir sem Bonham. No ano seguinte, com sobras de gravações, seria lançado o derradeiro álbum Coda. Assim, sem a pompa que sempre o acompanhou, o Led Zeppelin chegou ao fim.

In Through the Out Door é, apesar de tudo, um bom disco. As faixas In the Evening e Fool in the Rain se tornaram pérolas do cancioneiro Zeppeliano, mas foi a canção All My Love a mais executada nas rádios AM da época (se não me engano ainda não existiam rádios FM comerciais), acabando por se tornar uma espécie de canto do cisne do grupo.

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