domingo, 19 de dezembro de 2010

The Cure - The Head on the Door

Considero esse um dos discos que abriu meus ouvidos para o que estava sendo feito lá fora, numa época que eu andava meio Policarpo Quaresma em matéria de música. O outro foi The Unforgettable Fire, do U2, mas isso é assunto para uma outra postagem.

Formado no ano de 1976 em Crawley, Inglaterra, o The Cure é, basicamente, Robert Smith, o cara de maquiagem borrada e cabelos cuidadosamente espicaçados cujo maior medo é envelhecer. A formação do Cure mudou muito ao longo do tempo e do humor de Dândi de Smith, porém o membro mais constante foi seu amigo de infância e guitarrista Simon Gallup. Smith também dava seus pulinhos, tocou guitarra no Siouxsie and the Banshees e formou o projeto paralelo The Glove, com o também Banshee Steve Severin.

Lançado em 1985, The Head on the Door foi o sexto disco da banda, que então procurava um estilo mais comercial. Acertou em cheio, pois o álbum foi um estrondoso sucesso. A excelente música de trabalho In Betwen Days tocou até a exaustão a toda hora e em todo lugar, depois vieram Close to Me e The Blood. Também contribuíram muito para a divulgação desse álbum os excelentes e inovadores vídeos (veja o vídeo de In Betwen Days no youtube).

Na época virei super fã do Cure, tinha inclusive uma camiseta pintada à mão com o rosto de Smith que, por ter sido pintada por mim mesmo, era exclusiva. Já no trabalho seguinte o Cure parece ter perdido a mão, Kiss me, Kiss Me, Kiss Me (1987) ficou comercial demais pro meu gosto, tendência que permaneceu nos lançamentos posteriores.

Ainda em atividade, o Cure foi influência de muitas e, mais recentemente, virou objeto de tributo de outras tantas bandas pelo mundo afora. Nada mal para o inquieto e gorducho menino de Crawley.

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sábado, 11 de dezembro de 2010

Tricky - Maxinquaye

Nascido Adrian Nicholas Matthews Thaws, em Bristol (UK), Tricky esteve na prisão aos 17 anos por uma bobagem (comprou dinheiro falso de um amigo), de qualquer forma parece ter gostado da imagem de bad boy, pois sempre posa fazendo cara de mau, segundo ele uma exigência dos fotógrafos, que teriam uma imagem estereotipada do negro ex-detento. O cara é cantor, produtor e ator e não tem controle sobre a própria imagem? ah tá.. Musicalmente, Tricky debutou no ótimo Massive Attack, nada mal para quem nasceu na cidade que é considerada a Meca do trip-hop. Saiu da banda em 1995 para lançar o disco objeto da postagem de hoje.

Maxinquaye é um disco sombrio, vocal e instrumentos são amontoados camada sobre camada, resultando num som meio sujo e caótico, como própria a capa do álbum. A cantora/namorada Martina Topley-Bird canta em quase todas as faixas, enquanto Tricky praticamente apenas sussurra. A nervosa Black Steel cai muito bem na pista de dança, vale a pena ouvir também a densa Strugglin e Hell is Round the Corner, com seu ruído artificial de agulha no LP.

Maxinquaye foi recebido efusivamente pela crítica inglesa, sendo considerado pela Rolling Stone um dos melhores discos dos anos 90, e o melhor de 1995 pela Melody Maker.

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Pavement – Slanted and Enchanted

Taí um disco que ouvi muiiiiito, lembro que tinha uma fita cassete encardida que rodava direto no meu não menos encardido Voyage 94.

Formado na Califórnia, em 1989, o Pavement foi um dos principais expoentes da cena alternativa americana. Influenciada por The Fall e Replacements, a banda tinha como características a voz econômica (para não dizer monótona) do vocalista e guitarrista Stephen Malkmus, e um som muito enxuto. Nada sobrava ou parecia supérfluo na música do Pavement.

Lançado em 1992, Slanted & Enchanted é o primeiro disco do Pavement. Discreto como a própria banda, o disco tocou apenas em algumas rádios mais alternativas, como a Fluminense FM, de Niterói, RJ. "I was dressed for success, but success its never comes" soa profético o verso de Here. Por outro lado, Trigger Cut/Wounded-Kite At:17 e Perfume V viraram clássicos, particularmente para este que vos escreve.

O Pavement lançou mais quatro discos, sendo o último Terror Twilight, de 1999. Depois de um longo período, desde 2009 a banda vem ensaiando um tímido retorno.

P.S. Essa é uma versão dupla turbinada de Slanted and Enchanted, com muito mais músicas do que o disco original, o que acabou sendo uma agradável surpresa para mim também. Baixei e vou ouvir agora mesmo!

DOWNLOAD disco I

DOWNLOAD disco II


sábado, 27 de novembro de 2010

Jesus Christ - Superstar (1970)

Embora tenha perdido muito da graça com o tempo, Jesus Christ - Superstar, a ópera rock dos compositores Andrew Lloyd Webber e Tim Rice que virou um musical de grande sucesso na Broadway, certamente merece uma postagem. Se você ainda não conhece, não se faça de rogado.

Nascido na Inglaterra e filho de um compositor e de uma professora de piano, Andrew Lloyd Webber é considerado um dos maiores compositores do último século. Entre os musicais produzidos por ele estão Evita (1976) e Cats (1981).

A ópera abrange o período entre a entrada de Cristo em Jerusalém e o Gólgota. Ian Gillan, vocalista do Deep Purple, interpreta Jesus Cristo, enquanto a excelente cantora Yvonne Elliman personifica Maria Madalena. Elliman fez o mesmo papel na versão do cinema, lançada em 1973, porém nesta Jesus foi interpretado pelo ator Ted Neeley, que aparentemente só fez esse filme na vida e nunca mais.

J.C. Superstar ganhou uma versão brasileira que, inclusive, teria sido traduzida por Vinícius de Moraes. Disponibilizo o link dessa versão (bem interessante por sinal), mas não tenho como confirmar se a tradução é mesmo do poetinha.

P.S. Os links das partes 1 e 2 são de um site russo, mas não tem erro, é só repetir a numeração que aparece e clicar no verde logo abaixo que o arquivo vem. Pode baixar na fé (sem trocadilhos).

DOWNLOAD Parte 1

DOWNLOAD Parte 2

DOWNLOAD Versão brasileira

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ravi Shankar & Philip Glass - Passages

Nascido em Varanasi, na Índia, no ano de 1920, Ravi Shankar começou cedo na vida artística, aos dez anos já era bailarino no grupo de dança de seu irmão. Foi com esse grupo que Shankar foi para Paris e daí em excursão por vários países da Europa e América. A essa altura Shankar já tocava vários instrumentos e, de volta à Índia, especializou em música clássica indiana. Sua ligação com o Beatle George Harrison veio bem mais tarde, no final dos anos 60. Shankar tocou no famoso Concert for Blangadesh (1971) e no póstumo Concert for George (2003).

Considerado um dos compositores mais influentes do século que passou, Philip Glass nasceu em Baltimore (USA), em 1937. Seu contato com a música veio desde muito cedo, escutando os discos da loja de seu pai. Glass é autor de várias trilhas sonoras, por ex. Koyaanisqatsi (1982); Mishima (1985) e, mais recentemente, a do filme brazuca Nosso Lar.

Neste Passages (1990) vemos o resultado exuberante da parceria de dois músicos consagrados. A mistura da sonoridade “arcaica” (no melhor sentido do termo) da cítara de Shankar com o urbano-tecnológico-minimalista Glass resultou num disco que me fascinou desde a primeira audição.

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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Blur - Leisure

Hoje num clima bem é Pop sim, mas eu gosto, e daí? O Blur vocês certamente já conhecem, falei bastante deles nas postagens do Gorillaz. Com essa simpática nadadora de touquinha florida na capa, Leisure (1991) é o meu disco preferido da banda londrina, embora muitos prefiram Parklife (1994).

Leisure contém duas músicas do Blur que eu particularmente adoro: There´s No Other Way e She´s So High.

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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

The White Stripes - Elephant

Já faz algum tempo que eu queria falar do White Stripes, gosto muito dessa dupla formada por (ex) marido e mulher. Você pensava que fossem irmãos, né? Pois eu também, inclusive eles se tratavam como irmãos, mas a verdade é que eles foram casados entre 1996 e 2000 e só agora um jornalista descobriu a brincadeira.

Formado em Detroit no ano de 1997 por Jack White (voz e guitarra) e Meg White (bateria e vocal), o White Stripes é um dos expoentes do chamado garage rock. Seu primeiro álbum The White Stripes (1999), teve repercussão moderada. O segundo De Stijl (2000) foi baseado em um movimento de arte holandês que influenciou bastante a banda (lembra dos triângulos no clipe de Seven Nation Army? É De Stijl. O disco alcançou o 38º lugar da lista de independentes da Billboard e a banda começou a se firmar no cenário do rock. Depois vieram o comercialmente bem sucedido White Blood Cells (2001); Elephant (2003); Get Behind Me Satan (2005) e Icky Thump (2007).

Escolhi Elephant para esta postagem porque é o disco dos Stripes que conheço melhor, e sei que é muito bom, além da já citada Seven Nation Army, vale a pena conferir também as faixas The Air Near My Fingers, Black Math, I Just Know What to Do With Myself e It´s True That We Love One Another (adoro o diálogo entre Jack e Meg no final da música). Pode baixar na fé.

P.S. O White Stripes aparece no ótimo filme de Jim Jarmusch Coffe and Cigarettes. Num dos 11 curtas de que o filme é formado, Jack mostra à Meg sua bobina de Tesla (veja o vídeo).

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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Quando gigantes caminhavam sobre a terra

Há muito tempo atrás, quando gigantes ainda caminhavam pela terra, havia um dinossauro moribundo, porém que ainda impressionava pela imponência e grandiosidade. Eu era menino na época, mas ainda me lembro de ter ouvido os rumores e de ter visto as pegadas recentes do colosso que se extinguia. O ano era 1979 e o gigante em questão era o Led Zeppelin, que na época lançava seu penúltimo álbum In Through the Out Door.

In Through the Out Door não consta entre os melhores discos do Led, mas foi cercado de toda a pompa dedicada a tudo que dizia respeito à banda de Jimmy Page e Robert Plant, que em pouco mais de dez anos havia alcançado o status de melhor conjunto de rock do mundo, desbancando nada mais nada menos do que os Rolling Stones.

Mas o jogo logo iria virar, o movimento punk com seu viés social já estava consolidado, pregando contra tudo que representasse o establishment, incluindo-se aí, megabandas de rock. Os tempos eram outros e ser uma banda meio mística com avião particular e tudo estava totalmente out, não havia mais espaço para o Led, condenado, tal qual um dinossauro obeso, pelo seu próprio gigantismo.

Em 1980 a banda perderia o baterista John Bonham, morto aparentemente por overdose, era o golpe de misericórdia na banda, que anunciou ser impossível prosseguir sem Bonham. No ano seguinte, com sobras de gravações, seria lançado o derradeiro álbum Coda. Assim, sem a pompa que sempre o acompanhou, o Led Zeppelin chegou ao fim.

In Through the Out Door é, apesar de tudo, um bom disco. As faixas In the Evening e Fool in the Rain se tornaram pérolas do cancioneiro Zeppeliano, mas foi a canção All My Love a mais executada nas rádios AM da época (se não me engano ainda não existiam rádios FM comerciais), acabando por se tornar uma espécie de canto do cisne do grupo.

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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Rage Against the Machine - Live in Gand Olympic Auditorium (2003)

Na carona da postagem anterior, o registro sonoro do show do Rage Against the Machine no Grand Olympic Auditorium, em Los Angeles, Califórnia, dois anos antes do Ginásio ser comprado por uma igreja coreana.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Rage Against the Machine - RATM

Aproveitando a estada da banda no Brasil para o SWU Music and Art Festival, realizado numa fazenda em Itu, São Paulo, o disco de estréia do Rage Against the Machine.
Formado em 1991 por Zack de La Rocha (vocal), Tim Commerford (baixo), Brad Wilk (bateria) e o fantástico guitarrista Tom Morello, a banda de rap-metal-punk-trash-etc.. dispara seu discurso esquerdista contra o imperialismo norte-americano e tudo mais que represente o establishment.
Descendente de mexicanos, alemães e irlandeses, o vocalista Zack de La Rocha é também vegetariano e ativista pró-México. Em 2000, La Rocha deixou o rage para uma atribulada carreira solo que culminou na gravação de um disco nunca lançado. Morello juntou-se ao ex-vocalista do Soundgarden, Chris Cornell, para formar o Audioslave. Em 2007 o RATM se reuniu para tocar no Coachella festival, e desde então vem se apresentando regularmente, embora sem gravar nenhum trabalho novo.
Lançado em 1992, RATM é um disco pesado, a mistura de rap e heavy metal ainda era desconhecida na época, daí o tremendo impacto que ocasionou, sendo considerado pela Q Magazine um dos 50 melhores álbuns de todos os tempos e entre os 500 melhores pela Rolling Stone.
Quanto ao SWU? Não vi o show, mas exploração política à parte (teve gente querendo transformar o evento em um showmício pró-Dilma) as críticas foram favoráveis. No mais a apresentação teve que ser interrompida uma ou duas vezes vezes devido a falhas no som, também houve princípio de tumulto na platéia e a banda foi obrigada parar de tocar até que os ânimos se acalmassem.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pixies - Doolittle Demos

Dia desses, fuçando na internet, achei esse disquinho bem legal só com demos do disco Doolittle, dos Pixies. Quem acompanhou minha postagem do dia 29 de março sabe que esse disco foi um divisor de águas na maneira como eu ouvia música. Em Doolittle Demos, apesar das canções estarem bem mais cruas (afinal de contas, eram demos) já dava pra vislumbrar a pedrada que viria a seguir.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

R.E.M. - Dead Letter Office



Dead Letter Office (1987) é um disco de raridades e lados B, além de versões de músicas de bandas que influenciaram o R.E.M. Particularmente é um dos meus discos favoritos da banda de Michael Stipe. Lembro que tinha uma versão em cassete desse disco, na época o K7 saía bem mais em conta do que o vinil, mas durava muito pouco, com cinco anos já não prestava mais pra nada e sujava o cabeçote do toca-fitas.
Um disco leve e descompromissado, vale muito a pena ouvir Femme Fatale; Pale Blue Eyes e There She Goes Again (Velvet Underground); Toys in the Attic (melhor do que a versão original do Aerosmith, banda que não acho lá grande coisa); Voice of Harold; Crazy; Ages of You; enfim.. o disco inteiro. Eu mesmo não ouvia esse álbum desde a época do meu cassetezinho e lá se vão mais de 15 anos, daí minha satisfação em compartilhá-lo com vocês.

P.S. Dead Letter Office não é um arquivo muito fácil de achar, esse que encontrei tem até uma senha pra abrir, mas vai assim mesmo. Senha: http://karlatheblood.blogspot.com/

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

R.E.M. - Murmur

Athens, na Geórgia (EUA) era conhecida como uma locação de esqui e pela Universidade de mesmo nome. A partir do o início dos anos 80 (muito em função da efervescência cultural oriunda da universidade), a cidade ganhou o título de a Capital do College Rock.

Em 1980, Michael Stipe era um rapaz de 20 anos que, por ser filho de militar, já havia morado na Alemanha, no Texas, em Illinois e, desde 1978, em Athens, onde cursava fotografia e pintura na universidade. Frequentando a loja de discos da cidade, Stipe conheceu Peter Buck, um guitarrista de quem tornou-se amigo e com que formou, juntamente com Bill Berry (bateria) e Mike Mills (baixo), a banda que passaria a ser sinônimo de College Rock: o R.E.M.

Em 1983, após gravarem alguns compactos e já tendo largado os estudos para se dedicar exclusivamente à banda, o quarteto lançou o fantástico disco Murmur. Eleito pela revista Rolling Stone o melhor álbum do ano, Murmur traz toda a efervescência criativa de Stipe e cia. depois disso, o R.E.M. galgaria o patamar de megabanda, título que aparentemente incomodava os ex universitários nerds, ainda mais depois do aneurisma cerebral sofrido por Bill Berry em um show na Suíça. Dois anos depois, Berry deixaria a banda em definitivo.

Nos seus trabalhos mais recentes (Around the Sun, de 2004 e Acellerate, de 2008), o R.E.M. parece ter trocado os holofotes pelo intimismo, mantendo-se, porém, sempre fiel à sua proposta de fazer boa música.

P.S. Murmur é o disco que contém Radio Free Europe, verdadeiro hino do College Rock.

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terça-feira, 5 de outubro de 2010

The Beatles - Revolver


Hoje estou com preguiça de escrever, ainda bem que existem discos sobre os quais não é necessário dizer absolutamente nada.

domingo, 26 de setembro de 2010

The Flaming Lips - The Dark Side of the Moon (2009)

No embalo da postagem anterior, a releitura flaminlipesca da obra-prima do Pink Floyd.

sábado, 25 de setembro de 2010

The Flaming Lips - Yoshimi Battles the Pink Robots

O Flaming Lips é uma banda norte americana fundada em 1983, na cidade de Oklahoma. Canções bizarras com um toque de humor negro e shows super elaborados são a marca registrada da banda do vocalista Wayne Coynes.
Lançado em 2002, Yoshimi Battles the Pink Robots é o álbum mais bem sucedido da banda, sendo elogiado por crítica e público. "Você se dá conta de que todo mundo que você conhece morrerá um dia?", diz Wayne em "Do You Realize?"; na faixa Yoshimi Battles...pt 2, um "harmonioso" coral feminino berrando a plenos pulmões chega a assustar o ouvinte desavisado. Esquisitices à parte, Yoshimi Battles é o mais convencional que o FL pode ser, o que não diminui em nada a qualidade do trabalho. Um daqueles discos que crescem a cada audição.
No ano seguinte e em parceria com o The Chemical Brothers o Lips gravou a excelente The Golden Path, que acabou virando um vídeo muito divertido e foi o carro-chefe do álbum de singles do Chemical Brothers. Em 2009, o Flaming Lips lançou sua própria versão do álbum de 1973 do Pink Floyd: the Dark Side of the Moon.

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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

sábado, 18 de setembro de 2010

The Strokes - Is This It


Olá amigos, retornando depois de um período de tempo longo, onde fui mais uma vítima do chipset da HP, marca essa que não recomendo a nem ao meu pior inimigo.
Frescuras de Julian Casablancas à parte, o strokes é um baita grupo de rock. Formada em Nova Iorque em 1998, a banda do herdeiro da milionária agência de modelos Elite Model estreou em disco com Is This It (2001), que foi aclamado pela crítica, sendo considerado o disco da década pelo conceituado periódico britânico New Music Express. O álbum é realmente muito bom, destaque para as excelentes Modern age, Hard to Explain, Soma e Last Nite.
O strokes também lançou Room on Fire (2003) e First Impressions of Hearth (2006), ambos excelentes álbuns, porém que não tiveram o mesmo impacto de Is This It.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Peter Gabriel - So

O Genesis era uma banda de rock progressivo que, como toda banda do gênero, era muiiiiito chata. Porém tinha um vocalista meio metido a fazer performances com o rosto pintado, uma espécie de Ney Matogrosso progressivo chamado Peter Gabriel que fazia a diferença no visual e na sonoridade da banda. Dono de uma das mais bonitas vozes do rock, Peter Gabriel um belo dia resolveu sair em carreira solo. O Genesis continuou tão chato quanto antes, com o agravante de colocar como vocalista o até então baterista da banda, o esganiçado e sem carisma Phill Collins, que na época pelo menos ainda não era careca. A mudança acabou dando certo, pois o grupo experimentou um relativo sucesso por um bom punhado de anos. Gabriel continuou seu caminho, sempre metido em experimentações e buscando parcerias nos mais longínquos rincões do planeta, tendo inclusive seu papel na então incipiente world music.

Lançado em 1986, So foi o comercialmente mais bem sucedido disco de Gabriel. Na época, a MTV (acreditem, a MTV já foi um canal de música!) consolidava a linguagem dos videoclipes musicais, e estes não faltavam em So, "Sledgehammer", "Big Time" e o hino loser "Don’t Give Up" (bela canção e belo clipe com participação de Kate Bush) foram exibidos à exaustão na Music Television. Gabriel também se engajou em causas humanitárias, apresentando-se em um sem número de concertos, muitas vezes junto com o senegalês Youssou N’Dour para interpretarem outro sucesso de So, a canção "In Your Eyes".

Não tem como não comparar o Peter Gabriel todo pimpão da capa do disco e dos clipes com o sessentão gordo e careca de hoje, tudo bem que muita água passou por debaixo da ponte, mas ainda assim a diferença é impressionante. Phill Collins riu por último.

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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

The Fall - Live at the Witch Trials

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Mais uma postagem do The Fall, de longe a banda campeã de presenças aqui no blog, o que posso fazer se sou fã da banda de Mark E. Smith?
Lançado em 1979, Live at the Witch Trials foi o álbum de estréia do Fall e, apesar do título, é um disco de estúdio que foi gravado em um único dia. Como era típico do Fall, depois do lançamento disco a banda praticamente se desmontou, deixando Mark E. Smith como o único fundador restante. Apesar disso, a banda logo caiu nas graças do famoso apresentador da BBC John Peel, realizando várias das conhecidas Peel Sessions, tendo algumas, inclusive, virado discos.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Nina Simone - Forever Young, Gifted & Black

Quer saber? Odeio jazz! Sei lá, acho chatinho pra caramba, ainda mais quando é só instrumental. Até a Bossa Nova, apelidada lá fora de The Brazilian Jazz eu acho chata. Na boa, aquele negócio de barquinho vai e tardinha cai....francamente! Porém, quis o destino, esse gozador, que uma das minhas cantoras favoritas fosse... uma cantora de jazz.

Eunice Kathleen Waymon nasceu em Tryon, Carolina do Norte (EUA), no ano de 1933, era de uma família mista, que incluía índios, Afro-Americanos e Irlandeses. Já aos três anos tocava no piano canções gospel. Aos doze fez seu primeiro recital clássico, nesse recital, seus pais foram retirados das primeiras fileiras de cadeiras por serem negros, conta a lenda que ela se recusou a cantar até que seus pais voltassem aos seus lugares. Nascia aí seu envolvimento com os direitos civis dos Afro-descendentes, causa essa que abraçou por toda a vida.

Em 1954, cantando para financiar seus estudos, adotou o nome artístico de Nina Simone. A história dessa mulher formidável daria um livro, filme, novela, etc. Foi acusada de radicalismo por ser contra a política de não-violência de Martin Luther King. Porém, por ocasião do assassinato do pastor e ativista, Nina dedicou-lhe a canção Why? (the King of the Love is Dead).

Pianista, compositora, cantora e performer, ganhou o título de “Alta Sacerdotisa do Soul”. Cantava com a postura altiva de quem sabia exatamente seu valor. Nina dava uma interpretação toda pessoal a canções de outros autores, se você já ouviu sua interpretação de Ne Me Quitte Pas de Jacques Brel sabe bem do que estou falando, vide também revolution, dos Beatles e Turn, turn, turn dos Birds, ambas no disco desta postagem. Esteve no Brasil em duas ocasiões, a última em 1997.

Nina Simone morreu de câncer em 2003, no povoado de Carry-le-Rouet, França, onde morava desde 1992. Somente após sua morte divulgou-se que sofria de transtorno bipolar e esquizofrenia.

Forever Young, Gifted & Black (2006), é uma das centenas de coletâneas de Nina Simone que existem por aí, é boa mas ainda assim apenas uma pequena amostra da grandiosa obra de um mito.

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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

The Graduate - Soundtrack (1967)


Ouvindo minhas musiquinhas um pouco antes de ir para a cama, eis que toca Mrs. Robinson, da dupla Simon e Garfunkel, o que obviamente me fez lembrar de "A primeira Noite de um Homem" e resolver fazer esta postagem noturna. Dirigido por Mike Nichols e com um título que não tinha nada a ver com o que foi exibido no Brasil, "The Graduate" (1967), foi o filme que lançou o até então desconhecido Dustin Hoffman no papel de um jovem recém-formado que fica indeciso quanto ao seu futuro (ver trailer).
O filme é ótimo, um clássico daqueles que se vê várias vezes na vida (eu mesmo devo ter assistido umas 4 ou 5). Porém, "The Graduate" certamente deve muito de sua aura à genial trilha sonora composta por Simon e Garfunkel.
Paul Simon e Art Garfunkel representaram, por pelo menos um bom par de décadas, uma espécie de versão musical da voz da América. Simon, sem dúvida o mais talentoso da dupla, é um dos poucos mortais que pode encher o peito e dizer que foi o autor de um dos maiores sucessos de Elvis Presley. No início dos anos 80, já com a parceria com Garfunkel morta e enterrada, o incansável Simon lançou o disco "Graceland", fruto de pesquisa meticulosa sobre ritmos africanos e precursor daquilo que viria a se chamar world music.
God bless you please, Mrs Robinson.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

The Beatles - Abbey Road


Bom, já que a milionária viúva Lennon disse por esses dias "Esperem sentados pela venda de músicas dos Beatles no iTunes ou outras lojas online", a gente disponibiliza de graça mesmo. A brux.... quer dizer, viúva, ficaria bem melhor na foto se convocasse uma grande coletiva para informar que a obra dos Beatles, a exemplo das de outros gênios, como Shakespeare e Goethe, passará a ser de domínio público. Pobre Yoko, em seus (muitos) anos de vida não aprendeu que certas coisas transcendem o lucro e a ganância.
Lançado em 1969, Abbey Road é considerado por muitos o melhor disco dos Beatles e o que mais vendeu, o que mais posso dizer? Talvez que existe uma câmera que filma 24 horas por dia a mais famosa faixa de pedestres do mundo. Agora é esperar mais notificações dos homens de preto.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Billy Bragg - Talking With Taxman About Poetry


Nascido em Barking, Inglaterra, em 1957, Billy Bragg é músico e ativista engajado em causas sociais.
Talking With Taxman About Poetry (1986), cujo título é baseado em um poema de Vladimir Mayakovsky, é o terceiro e mais conhecido trabalho de Bragg. Aqui no Brasil, inclusive, a faixa Levi Stubbs' Tears foi bem executada nas rádios alternativas da vida (vídeo).
Talking With.. é o tipo de disco que não se faz mais no mundo engolido pela globalização, onde falar sobre luta de classes e proletariado virou demodê. Porém ainda vale a pena ouvi-lo, nem que seja por pura nostalgia.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Beirut - EPs Elephant Gun e Lon Gisland


Na postagem anterior acabei esquecendo de dizer que Elephant Gun não faz parte do disco Gulag Orkestar. Então, pra matar de vez a cobra e mostrar o pau, dois EPs do Beirut: Elephant Gun e Lon Gisland, ambos de 2007.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Beirut - Gulag Orkestar


O que é o Beirut? Beirut é, nada mais, nada menos que uma banda indie de folk rock, ou vice-versa, criada por Zach Condon no Novo México, USA. O som da banda é influenciado, entre outras, pela música do Leste Europeu. Não entendeu nada, né? Pois é, é uma mistureba danada mesmo, mas o resultado é bastante original e divertido.
Lançado em 2006, Gulag Orkestar ainda é o trabalho mais conhecido do Beirut, e o que mais sofreu influência da música dos balcãs. O disco seguinte, The Flying Club Cup, já vinha numa roupagem bem diferente, dessa vez a influência foi a música francesa.
Aqui no Brasil o Beirut teve música em minissérie da globo: Elephant Gun foi tema de Capitu (vídeo). E por falar em Brasil, Condon, que é bem jovem, pouco mais de 20 anos, costuma cantar músicas de Caetano e Gil nos seus shows.


Beirut homepage

terça-feira, 13 de julho de 2010

Natural Born Killers (1994)

Dirigido por Oliver Stone, Natural Born Killers (1994), é um filme violento pra cacete. Conta a história de um casal de psicopatas Mickey (Woody Harrelson) e Mallory (Juliette Lewis), os pombinhos deixam um rastro de sangue por onde passam e acabam virando atração na mídia sensacionalista.

A trilha sonora do filme é excelente: Bob Dylan, Leonard Cohen, Patty Smith, Peter Gabriel, Jane’s Addiction, entre outros. A própria Juliette Lewis, que também é cantora, comparece com a faixa Born Bad. Interessante também é a inclusão do áudio de trechos macabros do filme, como quando Mallory brinca de uni-duni-tê para escolher a vítima infeliz que vai levar um tiro. De fazer Bruno e cia terem pesadelos.

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terça-feira, 6 de julho de 2010

Sonic Youth - Dirty



Formado em Nova Iorque, no ano 1981, por Thurston Moore, Lee Ranaldo, Kim Gordon, Mark Ibold e Steve Shelley, a banda é considerada uma das pioneiras do rock alternativo. Com três guitarristas (Moore, Ranaldo e Gordon) e a voz de timbre feminino de Thurston Moore, o Sonic Youth criou um estilo muito característico.
Considerado, juntamente com Goo (1990), um dos melhores trabalh0s do Sonic Youth, Dirty (1992), é presença obrigatória em qualquer lista de melhores discos de rock já lançados. Embora sugar kane e 100% tenham virado hits em rádios alternativas, é difícil escolher qual a melhor música de Dirty. Realmente um discaço!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Tom Waits - Rain Dogs

Cantor, músico e ator, Tom Waits nasceu na Califórnia, em 1949. A voz rouca, quase gutural é sua marca registrada, assim como suas canções melancólicas que falam do submundo de bêbados, prostitutas, boêmios e viciados. Ator talentoso, Waits foi o servo de Drácula no filme de Coppola, tendo também trabalhado com o diretor cult Jim Jarmusch em Down By Law e Coffee and Cigarettes.
Décimo disco de Waits, Rain Dogs (1985) é ideal para quem quer se iniciar em sua obra. Lembro que comprei o LP influenciado pela música Gun Street Girl, que tocava na Fluminense FM, uma rádio alternativa da época, e acabei me apaixonando. Excelente!
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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Eddie Vedder - Into the Wild (2007)



Dirigido por Sean Penn e baseado no livro de Jon Krakauer, Into the Wild (2007), conta a história real de Christhoper McCandless, um jovem de classe média que, influenciado por autores como Thoreau e Jack London, resolveu largar sua vida pacata e virar um andarilho até decidir viver isolado no Alaska, onde acabou falecendo (provavelmente devido a ingestão acidental de sementes tóxicas) no ônibus abandonado que lhe servia de moradia.
Apesar de Into the Wild ser um bom filme, esse é mais um daqueles casos em que a trilha sonora suplanta a própria obra que a originou. As belas canções na voz de Eddie Vedder (Pearl Jam), nos remetem ao cotidiano de um andarilho na América do início dos anos 90. Muito bom.


sexta-feira, 18 de junho de 2010

Gorilas

lápis 6B em papel canson levemente granulado

Caneta 0.2 em papel canson levemente granulado.
Inspirado em original de Doreen Wolfsen McColaugh

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Palatine - The Factory History (1991)




Bem interessante essa coletânea de bandas da gravadora independente Factory. Com sede em Manchester, o selo tinha nos seus quadros algumas das melhores bandas alternativas da terra da rainha, tais como Joy Division, New Order e A Certain Ratio.
A "Fábrica" era uma das raras gravadoras
(assim como a 4AD, a Rough Trade e a Beggar's Banquet)
de personalidade própria, imprimindo uma marca forte aos seus "produtos". Aliás, o sistema de catalogação da gravadora era realmente como numa fábrica, com a palavra FACT sempre à frente do número do produto, como na capa do disco Movement, do New Order, onde se lê FACT 50 1981.
Devido a problemas financeiros, a Factory Records foi extinta em 1993, só restou a lenda... e um monte de contas não pagas.

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(parte I)
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saiba mais sobre a Factory Records

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Tylacino - desenho em tecido


Versão I



Versão II


segunda-feira, 31 de maio de 2010

The Fall - The Frenz Experiment

The Frenz Experiment (1988), talvez seja o mais acessível trabalho do The Fall, e certamente é o meu preferido. O disco mantém o estilo caótico da banda de Manchester, porém com músicas mais bem elaboradas do que nos discos anteriores, onde serviam apenas como fundo para a voz anasalada e monótona de Mark. E. Smith. Destaque para as faixas Hit the North; frenz; a arrasa-quarteirão de quase dez minutos Bremen Natch; a também dançante Athlete Cured; Oswald Defence Lawyer e aquele que viria a se tornar o maior sucesso do Fall, pelo menos fora do meio alternativo, Victoria, versão de uma música do The Kinks. A canção, inclusive, virou um vídeo meio debochado, onde podemos ver a cara amassada de Mark. E. Smith (que agora, aos cinquenta e poucos anos, mais parece um buldogue banguela) e a participação da sua esposa e guitarrista da banda, Brix E. Smith.

Embora fosse um disco de uma banda alternativa de gravadora independente (a Beggar's Banquet) e que só tocava em algumas college radios mais antenadas, The Frenz Experiment, sabe-se lá por que cargas d’água, foi lançado no Brasil!!!, juntamente com Bend Sinister (1986), pelo selo paulista Stiletto. Ainda possuo, cuidadosamente guardadas, essas duas relíquias.

P.S. As faixas Tuff Life Boogie, Twister e There’s a Ghost in my House não figuravam no LP original.

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The fall unofficial website

sexta-feira, 28 de maio de 2010

The Fall - Perverted by Language

Mark E. Smith, o inquieto vocalista de voz anasalada é a alma The Fall, uma das mais criativas e prolíficas bandas do rock britânico, com quase 30 discos e um sem número de singles desde sua formação, em 1976. Com seu jeito único de “cantar” falando (poesia abstrata, para alguns), Smith se tornou um mito no cenário alternativo, sendo constantemente convidado a participar de álbuns de outras bandas, como na música Glitter Freeze, do novo disco do Gorillaz. É de Mark a voz na introdução de Rios, Pontes e Overdrives, de Chico Science, lembrou agora?

O Fall troca de componentes constantemente, fixos mesmo somente Smith e sua esposa Brix, que ficou até 1996 e que também teve um papel importante na musicalidade da banda, tornando-a, inclusive, mais acessível.

Gravado em 1983, Perverted by Language não saiu no Brasil, coisa que só iria acontecer a partir de Bend Sinister, de 1986, este sim um disco bem mais acessível e do qual este vos escreve possui uma versão em vinil. Na esteira desses lançamentos, a banda tocou no Brasil em 1989.

Em Perverted by Language estão presentes todos os elementos que fizeram do The Fall uma banda única, as melodias são compostas basicamente por baixo e bateria e servem de fundo para o discurso verborrágico de Mark E. Smith. Como disse o lendário radialista da BBC e fã da banda John Peel “Eles são sempre diferentes, e eles são sempre os mesmos”.

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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Across the Universe - Soundtrack

Across the Universe (EUA-2007). Dirigido por Julie Taymor, o filme se passa nos anos 60 e conta a história de um rapaz inglês (Jim Sturgess), que vai para os EUA em busca do pai e lá conhece uma jovem idealista (Eva Rachel Wood), isso tudo em meio ao início do movimento da contracultura e embalado por versões bem bacanas de canções dos Fab Four.
Essa trilha me foi apresentada por uma amiga, que me enviou um link do vídeo de Girl. Gostei e agora compartilho com vocês.
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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Gorillaz - Plastic Beach



Voltando a fazer postagens musicais depois de um longo e tenebroso inverno causado pelo chipset do meu HP, que, aliás, desceu muito no meu conceito de empresa preocupada com a qualidade de seus produtos. Já há algum tempo que eu queria postar o novo disco do Gorillaz, mas era difícil achar um link válido por muito tempo, os homi tava de olho em qualquer um que disponibilizasse e logo suspendiam o link. Outras vezes eram versões demo, sendo que somente agora encontrei uma versão “à vera” no blog Música para o Universo.

Lançado em março deste ano, Plastic Beach é o terceiro disco da banda virtual desde Demon Days, de 2005. Como deve dar status tocar com o Gorillaz, convidados têm às pencas (com o perdão do trocadilho abominável), entre eles, Mark E. Smith (The Fall), Mick Jones e Paul Simonon (The Clash), Lou Reed, Mos Def, Snoopy Dogg, etc.

Faixas:

  1. Orchestral Intro (sinfonia ViVA)
  2. Welcome To The World Of The Plastic Beach (com Snoop Doog e Hypnotic Brass Ensemble)
  3. White Flag (com Kano, Bashy e a Orquestra Nacional Libanesa para Música Árabe Oriental)
  4. Rhinestone Eyes
  5. Stylo (com Bobby Womack e Mos Def)
  6. Superfast Jellyfish (com Gruff Rhys e De La Soul)
  7. Empire Ants (com Little Dragon)
  8. Glitter Freeze (com Mark E. Smith)
  9. Some Kind Of Nature (com Lou Reed)
  10. On Melancholy Hill
  11. Broken
  12. Sweepstakes (com Mos Def e Hypnotic Brass Ensemble)
  13. Plastic Beach (com Mick Jones e Paul Simonon)
  14. To Binge (featuring Little Dragon)
  15. Cloud Of Unknowing (com Bobby Womack and sinfonia ViVA)
  16. Pirate Jet
É, pessoal, os home tão em cima mesmo, o link foi desativado, assim que encontrar outro link ativo eu disponibilizo de novo

segunda-feira, 10 de maio de 2010

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Vários - Senses Working Overtimes

Hoje rapidinho com a interessante coletânea de bandas/hits do início dos anos oitenta que eu achei no One Too Many Morning, e que agora compartilho com vocês.

À exceção dos já macacos velhos David Bowie, Peter Gabriel e Kate Bush, que por isso mesmo, meio que destoam na coletânea, todos estavam tinindo de novos, inclusive Robert Smith, do The Cure, com cara de menino na capa.

O disco é bem eclético e para gostos variados, tem dos americanos Talking Heads, a XTC (que fim levou?) e Pretenders. Destaque para os hits do Echo e The Bunnymen (The Killing Moon), Talking Heads (Once on a Lifetime) e The Smiths (William, It Was Really Nothing). Mas cá pra nós, o disco vale mesmo é pelo clássico supremo That’s Entertainment, do Jam, que eu não ouvia faz um tempão. Quem viveu....

Faixas:

1. age of consent, new order
2. once in a lifetime, talking heads
3. ashes to ashes, david bowie
4. kid, the pretenders
5. all cats are grey, the cure
6. oh yeah!, roxy music
7. william it was really nothing, the smiths
8. new amsterdam, elvis costello
9. hounds of love, kate bush
10. senses working overtime, xtc
11. all we ever wanted was everything, bauhaus
12. shock the monkey, peter gabriel
13. the killing moon, echo & the bunnymen
14. sense of purpose, the sound
15. one step ahead, split enz
16. mirror in the bathroom, the english beat
17. trams of old london, robyn hitchcock
18. that's entertainment, the jam

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sexta-feira, 23 de abril de 2010

New Order - Power, Corruption & Lies

O New Order foi Formado pelos remanescentes do Joy Division Bernard Sumner (vocal), Stephen Morris (bateria) e Peter Hook (baixo), e ainda é uma das bandas mais influentes de tudo o que se convencionou chamar de “música dançante”, incluindo-se aí Techno, trance, etc.. Comparado com a grande maioria das bandas pop britânicas da época (Duran Duran, Soft Cell, Human League, ou mesmo o the Police), o New Order parecia mesmo ter vindo de, pelo menos, uns vinte anos no futuro.

Lançado em 1983, Power, Corruption & Lies foi o Segundo álbum de estúdio do New Order e embora ainda contenha alguns traços característicos do Joy Division, o disco foi um divisor de águas entre o estilo sombrio característico do Joy e uma proposta mais dançante e baseada em batidas eletrônicas do New Order. O disco anterior, Movement, de 1981, era basicamente “joydivisiano”.

Destaque para as clássicas Blue Monday (que não consta na versão original do álbum, apenas na americana), the Village e Your Silent Face, além do baixo característico de Peter Hook em Age of Consent. Peter, aliás, deixou a banda em 2009. Um Clássico, com C maiúsculo mesmo.

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quinta-feira, 15 de abril de 2010

The Smiths - The Queen is Dead

Originário da cinzenta Manchester, o The Smiths, banda formada por Steven Morrisey (vocal), Johnny Marr (guitarra), Andrew Rourke (baixo) e Mike Joyce (bateria) dispensa quaisquer comentários. Dizer que o nome da banda corresponde mais ou menos ao nome Silva aqui no Brasil pelo fato de ser muito comum também é chover no molhado. O que vale dizer é que essa foi uma das mais talentosas bandas de rock que já existiu. Prolíficos, lançavam singles quase semanalmente, o que não interferia nem um pouco na qualidade da sua música.

As canções dos Smiths tinham como tema basicamente a timidez e romances desajustados, muitas vezes com uma certa conotação homossexual (Morrisey, o principal letrista, dizia-se celibatário e assexuado). Durante o período final da era Thatcher, a banda assumiu também papel de cronista mordaz e irônica do cotidiano da terra da rainha. Dessa forma, tudo que acontecia de importante na Inglaterra recebia o crivo musical dos Smiths. Em 1987, a banda terminou devido a desavenças entre os geniais Morrisey e Marr. Curtos cinco anos de existência que valeram por 100.

Lançado em 1986, The Queen is Dead é considerado a obra prima da banda. Praticamente todas as músicas do álbum figuraram nas listas de mais tocadas. A faixa título destila veneno sobre a realeza britânica “Charles, você nunca desejou aparecer na primeira página do Daily Mail vestido com o véu nupcial da sua mãe?; I know it’s over é uma das mais belas canções que já ouvi; Bigmouth strikes again é uma resposta irônica às constantes fofocas de que a banda era alvo nos tablóides ingleses (inclusive de que Morrisey e Marr seriam amantes); Theres a light that never goes out é uma deliciosamente dramática canção de amor.

Como era costume da banda colocar ídolos do cinema na capa de seus álbuns, The Queen is Dead traz uma imagem de Alain Delon como se morto estivesse. Ainda guardo, com orgulho, uma cópia em vinil desse que é considerado um dos melhores discos de todos os tempos.

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