Considero esse um dos discos que abriu meus ouvidos para o que estava sendo feito lá fora, numa época que eu andava meio Policarpo Quaresma em matéria de música. O outro foi The Unforgettable Fire, do U2, mas isso é assunto para uma outra postagem.
Formado no ano de 1976 em Crawley, Inglaterra, o The Cure é, basicamente, Robert Smith, o cara de maquiagem borrada e cabelos cuidadosamente espicaçados cujo maior medo é envelhecer. A formação do Cure mudou muito ao longo do tempo e do humor de Dândi de Smith, porém o membro mais constante foi seu amigo de infância e guitarrista Simon Gallup. Smith também dava seus pulinhos, tocou guitarra no Siouxsie and the Banshees e formou o projeto paralelo The Glove, com o também Banshee Steve Severin.
Lançado em 1985, The Head on the Door foi o sexto disco da banda, que então procurava um estilo mais comercial. Acertou em cheio, pois o álbum foi um estrondoso sucesso. A excelente música de trabalho In Betwen Days tocou até a exaustão a toda hora e em todo lugar, depois vieram Close to Me e The Blood. Também contribuíram muito para a divulgação desse álbum os excelentes e inovadores vídeos (veja o vídeo de In Betwen Days no youtube).
Na época virei super fã do Cure, tinha inclusive uma camiseta pintada à mão com o rosto de Smith que, por ter sido pintada por mim mesmo, era exclusiva. Já no trabalho seguinte o Cure parece ter perdido a mão, Kiss me, Kiss Me, Kiss Me (1987) ficou comercial demais pro meu gosto, tendência que permaneceu nos lançamentos posteriores.
Ainda em atividade, o Cure foi influência de muitas e, mais recentemente, virou objeto de tributo de outras tantas bandas pelo mundo afora. Nada mal para o inquieto e gorducho menino de Crawley.